• Pedro Carvalho
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Foto mostra o momento exato em que o Cristo Redentor foi atingido por um raio nesta quinta-feira (Foto: Agência EFE)

Foto mostra o momento exato em que o Cristo Redentor foi atingido por um raio, que danificou sua mão (Foto: Agência EFE)

Chuvas, ventos e raios são a causa de 70% das quedas de energia elétrica no país. Para antecipar essas intempéries, as distribuidoras contam somente com previsões do tempo genéricas, do tipo “vai chover no Litoral Norte” e “a temperatura mínima será tal”. Em uma tentativa de melhorar esse prognóstico, a EDP, que atua na região nordeste de São Paulo e no Espírito Santo, desenvolveu um sistema de monitoramento inédito no Brasil. A empresa comprou 14 estações meteorológicas alemãs (como a da foto ao lado), que usam uma nova tecnologia de coleta de dados. Elas abastecem um modelo computacional climático que foi criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), parceiro na pesquisa, exatamente focado em tempestades – as vilãs dos apagões. O trabalho durou cinco anos e será apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica em agosto. O resultado é um software, batizado de ClimaGrid, que antevê esses eventos com precisão recorde. Hoje, a área mínima visualizada em um mapa meteorológico corresponde a 20 quilômetros quadrados. “Agora, sabemos onde a tempestade vai cair com 5 quilômetros quadrados de precisão”, diz Osmar Pinto Jr., do Inpe. “Passamos a direcionar as equipes para os lugares certos e reduzimos em 26% o tempo de religamento da luz”, afirma Michel Itkes, diretor-geral da EDP. As análises são feitas com até 72 horas de antecedência e acertam o local do pé d’água em mais de 90% das vezes. 


214 teraflops por segundo (tflop/s) é a velocidade de processamento do Tupã, o computador do Inpe no qual foi desenvolvido o ClimaGrid. É o segundo mais rápido do país, atrás apenas do Grifo04, da Petrobras (com 251 tflop/s). Na lista dos mais velozes do mundo, o Tupã é o 281º

clique na imagem para ampliar (Foto: Arthur Nobre)

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